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  • Foto do escritorfelipe dos santos Rosa

O PAPEL DA ENGENHARIA CLÍNICA NO PROCESSO EM SAÚDE


Atualmente os avanços tecnológicos têm se intensificado na área de cuidados a saúde, oferecendo novas tecnologias e novas técnicas aos procedimentos e impactando no aumento da qualidade de vida dos pacientes. Em contrapartida, este processo é oneroso, acarretando em custos elevados para aquisição e para a conservação das tecnologias, mesmo nos casos de tecnologias difundidas e consolidadas, pois as pesquisas e os recursos demandados são permanentes. Neste contexto o Engenheiro Biomédico/Engenheiro Clínico é o profissional capacitado e responsável pelo gerenciamento das tecnologias, fomentando os subsídios técnicos necessários para obtenção do melhor custo x efetividade das tecnologias nos ambientes em saúde (ANTUNES, 2002).

Ao longo do tempo, o corpo clínico e os gestores hospitalares compreenderam a importância das tecnologias aos procedimentos clínicos, e para atingir positivamente os indicadores clínicos e administrativos em nível de excelência há uma dependência relevante quanto ao gerenciamento da tecnologia, pois os custos impactam significativamente nos gastos e investimentos da instituição, bem como a indisponibilidade das tecnologias impacta negativamente nas receitas obtidas (REIS, 2014).

Em termos gerais, o gerenciamento das tecnologias é um processo envolvendo etapas cíclicas que se iniciam com o planejamento estratégico, seguido da avaliação de tecnologias e pelo processo de aquisição, concluindo com o gerenciamento dos serviços de manutenção. Neste cenário, a necessidade dos serviços de EC nos ambientes de assistência à saúde, através de equipes multidisciplinares e qualificadas, permite soluções gerenciais e tecnológicas apropriadas, fornecendo indicadores técnico-administrativos relevantes para a instituição (DYRO, 2004).

Assim, o equipamento inicia seu processo de ciclo de vida com uma especificação técnica (ET) adequada ao serviço em saúde. Este procedimento é denominado dimensionamento de tecnologia. Permite a definição junto aos gestores hospitalares e a equipe clínica da tecnologia com o melhor custo x benefício a ser adquirido para o serviço de saúde, ou seja, este é um processo para aquisição que não se evidencia apenas na compra do equipamento mais avançado (elevado custo) ou o mais básico (baixo custo) disponível, mas naquele que possa ser mantido em plenas condições de uso e pelo maior tempo possível. (RAMÍREZ, 2005; FABRICKY, 1997; Bronzino, 1992).

Além destas atividades e devido a sua multidisciplinaridade, a EC atua em conjunto com outras áreas do ambiente em saúde. Na área de qualificação dos recursos humanos do EAS: auxiliando na capacitação e reciclagem do corpo clínico (uso adequado), orientação sobre limpeza e desinfecção). Na área de manutenção predial, onde a EC contribui com avaliações periódicas quanto às condições de infraestrutura onde estão alocados os equipamentos, auxiliando nos processos de reforma e construção de novas áreas, contribuindo com aumento de segurança dos pacientes e do próprio corpo clínico (GARCIA, 2017; BRITO, 2006).

Contribui em processos de auditoria hospitalar e nos procedimentos de acreditação hospitalar, elaboração e auxilio em convênios, promove avaliações de riscos, estudos de ergonomia e engenharia de fator humano, interoperabilidade entre os equipamentos de marcas distintas, interconectividade dos equipamentos com sistema de informação do EAS, entre outras atividades correlatas (OLIVEIRA,2009; GULLIKSON, 1995; SIGNORI, 2010; REIS, 2014; CRUZ, 2010).

Desta forma, é evidente o papel da Engenharia Clínica no subsídio técnico para identificação de falhas e nas soluções em conjunto com os demais profissionais nos ambientes em saúde (gestores, corpo clínico e serviços de apoio), atuando estrategicamente nos níveis organizacionais e operacionais, agregando valor e concentrando esforços para a melhoria dos processos. Assim, é imprescindível que o especialista em Engenharia Clínica possua experiência e conhecimento multidisciplinar e bom convívio com os demais profissionais envolvidos (MORAES, 2007).

Na Biomatrix Engenharia você encontra profissionais com expertise em Engenharia Clínica com mais de 10 anos de experiência nos mais diversos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e Serviços de Saúde.

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